A Santa Igreja Romana, guardiã da fé e da missão universal de Cristo, viu-se ao longo dos séculos chamada a preservar e renovar seus fundamentos, adaptando-se com sabedoria aos tempos e circunstâncias. A eleição do Romano Pontífice, sendo um ato de fé, de oração e de união, reveste-se de grande importância para a vida da Igreja.
Com o intuito de promover uma melhor organização e clareza no processo de eleição, tomando por base a Sagrada Tradição e o magistério da Igreja, esta Constituição Apostólica, Universi Dominici Gregis, foi promulgada pela primeira vez em 2025, por mim, o Papa João Paulo IX, como um marco significativo na história da Igreja Universal. Este esforço de reorganização e clareza é um reflexo do desejo de manter a Igreja unida e em comunhão com Cristo, que, na Sua promessa de guiar o Seu rebanho, confiou à Sua Igreja a missão de escolher aquele que seria o novo Pastor da Igreja Universal, Sucessor de São Pedro.
Nos anos que se seguiram à sua promulgação, observou-se que o processo de eleição e a organização do Conclave poderiam ser aprimorados para garantir maior transparência, fidelidade à tradição e eficácia nas circunstâncias especiais que surgem nas diversas situações que podem caracterizar a Sede Vacante.
Assim, após a última promulgação, a quinta edição desta Constituição Apostólica, sob o pontificado do Papa Tiago I, a quem agradecemos pela dedicação e zelo pastoral, decidi, à luz das novas realidades e da necessidade de um melhor ordenamento, promulgar esta sexta edição. A minha decisão de atualizar esta Constituição reflete o compromisso de garantir que a Igreja continue a agir com a mesma integridade e obediência a Cristo, zelando pela transmissão legítima e fiel da autoridade pontifícia, como o Senhor mesmo ordenou a Pedro, quando disse: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mateus 16,18).